Outros: Bertolucci & Bacon
O italiano Bernardo Bertolucci, um dos mais importantes nomes da história do cinema, realizou em 1972 aquele que é o seu título mais famoso, e um dos mais geniais filmes de sempre. O Último Tango em Paris segue os encontros em Paris de Jeanne e Paul, um americano de férias após o suicído da mulher, interpretado de forma brilhante por Marlon Brando.
A pintura do irlandês assenta numa desfiguração do real, criando um novo conceito de beleza através da fealdade retratada. Da mesma forma, Bertolucci, através de uma relação puramente baseada na atracção sexual que arrasa com as convenções morais e sociais, cria algumas das mais fascinantes imagens da sétima arte.
Desde os momentos iniciais, o realizador deixa bem claro a sua inspiração nas obras do pintor irlandês Francis Bacon para a elaboração deste filme, ao ilustrar o genérico com duas telas deste com representações de duas figuras, uma masculina e outra feminina.
Mas esta influência é visível em toda a película, tanto na caracterização das persongens (a figura de Paul é notavelmente imaginada segundo os auto-retratos do pintor), como na construção dos ambientes, procurando igualar as cores e a iluminação das criações de Bacon, através da cinematografia de Vittorio Storaro.A pintura do irlandês assenta numa desfiguração do real, criando um novo conceito de beleza através da fealdade retratada. Da mesma forma, Bertolucci, através de uma relação puramente baseada na atracção sexual que arrasa com as convenções morais e sociais, cria algumas das mais fascinantes imagens da sétima arte.
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